Erosão ameaça “engolir” trecho da MS-473

3 MAI 2011 • POR • 13h44

Buraco às margens da MS-473 já começa a consumir parte da rodovia

Um imenso buraco localizado às margens dos primeiros quilômetros da rodovia estadual MS-473 tem chamado a atenção de quem passa pela estrada.

Após as chuvas da última semana, a erosão que já existia no local, tomou proporções maiores e agora ameaça “engolir” a pista. Em um dos trechos, é possível observar boa parte da rodovia já tomada pela cratera.

Diariamente, diversas carretas de usinas de cana-de-açúcar e madeireiras realizam o trajeto pela rodovia que não é pavimentada. A estrada também dá acesso ao IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) e aos bairros São Bento, Papagaio e Laranjal.

Por não ser asfaltada, a rodovia sofre com o volume do tráfego e, quando chove, fica praticamente intransitável. Diversos veículos já atolaram ao tentar fazer a travessia, considerada perigosa também em dias de sol.

Nesta sexta-feira, um grupo de moradores dos três bairros e estudantes do IFMS reforçaram na Câmara Municipal a necessidade de se pavimentar a rodovia.

Em dezembro do ano passado, o governador André Puccinelli ‘brincou’ afirmando que só asfaltaria a estrada no ano de 2042. De acordo com ele, a única medida que poderia ser tomada no momento seria o cascalhamento da estrada.

Na época, o governador prometeu iniciar os trabalhos paliativos em março de 2011. No entanto, após as chuvas do início do ano, Puccinelli recuou e afirmou que não mexeria mais na rodovia. Ele justificou que os recursos do Governo do Estado teriam que ser investidos na recuperação de estradas para o escoamento da produção.

A declaração do governador foi questionada pelo presidente do CMDR (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural), Edilson Nantes. De acordo com ele, as propriedades localizadas na região são responsáveis pela maior parte da produção em Nova Andradina.

“O governador precisa lembrar que lá não é só o IFMS. Tem produção também. A base econômica do estado é rural, Nova Andradina nem se fala. É na 473 que está a maior parte da produção e é lá que tem caminhão de leite quebrando, leite que estraga. O que estamos sofrendo não é brincadeira”, afirmou Nantes.

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