Operação Focus vistoria propriedades no Pantanal da Nhecolândia e Nabileque para identificar origem das queimadas
23 SET 2020 • POR Portal do Governo de Mato Grosso do Sul • 10h27
As equipes compostas por fiscais do Imasul, perícia criminal, Polícia Civil e homens do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar Ambiental já percorreram quase 30 propriedades, na Nhecolândia e outras no Nabileque, regiões que são referência nacional tanto em produção sustentável, como em preservação ambiental.
Conforme o Imasul os focos existentes em todas as propriedades rurais foram levantados através de imagens de satélite e análise temporal, que foram cruzadas com outros bancos de dados, possibilitando a identificação das fazendas, dos donos e da área total atingida pelos incêndios.Responsável pela perícia criminal na região, o perito Cícero Wagner Calixto dos Santos diz que estão sendo feitos levantamentos locais e análises das imagens gravadas pelos satélites. “São áreas extensas que demandam um trabalho minucioso, que leva tempo na coleta de vestígios e, somente após essa coleta, teremos condições de confeccionar os laudos periciais que devem apontar os danos materiais e ambientais, bem como se o incêndio foi acidental ou intencional, por exemplo”, explica o perito criminal.
O delegado Maércio Barbosa, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) diz que havendo indícios de crime, o caso segue para a Polícia Civil para apurar eventual crime. “Cabe ao Imasul identificar os focos, verificar se havia ou não autorização para essas queimadas, sendo que havendo auto de infração e indícios de crime, os responsáveis responderão por crime ambiental”, frisa.
O presidente do Imasul, André Borges, disse que nesta primeira fase da Operação Focus foram percorridos mais de 2.800 quilômetros. “Foi possível fazer a constatação do início desses focos e agora, validado o indício do início do foco dos incêndios trazemos os trabalhos para o laboratório de geoprocessamento do Imasul e aqui nós apuramos a extensão desse dano, o quanto de área foi queimada a partir desse ponto do início de queimada. Nosso trabalho ainda é de levantamento, de apuração de todos esses dados e confirmando isso, quantificando a extensão de todas essas áreas queimadas, é feito o procedimento do auto de infração”, explicou Borges.