Visita virtual em presídios de MS une ressocialização e prevenção ao coronavírus

2 MAI 2020 • POR Portal do Governo de Mato Grosso do Sul • 13h57

O procedimento utiliza a tecnologia de videochamadas e foi lançado, oficialmente, na última quarta-feira (29.4) pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), nas unidades penais do Estado.

De acordo com o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, a suspensão está ocorrendo em todos os estados brasileiros para evitar o grande fluxo de pessoas dentro das unidades prisionais e todos os procedimentos que estão sendo adotados são necessários para protegerem os internos, familiares e servidores.

“Diante disso, assim como em Mato Grosso do Sul, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, entre outras unidades federativa, estão adotando os encontros remotos como mecanismo para assegurar o contato com a família, pois, ao possibilitarmos isso, estamos contribuindo para um cumprimento de pena mais efetivo e ressocializador”, destacou o diretor-presidente.

“Além de ajudar a diminuir a ansiedade no ambiente de confinamento”, complementou.

Segundo o dirigente, a intenção é que, após os riscos da pandemia e liberação dos encontros presenciais, as visitas virtuais possam continuar atendendo reeducandos que possuem familiares em outros estados e não têm como ir até o presídio.

Início das visitas virtuais Aud acompanhou o lançamento oficial do projeto no Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), onde 200 internos já solicitaram a visita virtual até o momento, que estão sendo agendadas pelo setor psicossocial da unidade. O reeducando G.F.M., de 43 anos, foi um dos primeiros a ser atendidos pela iniciativa no local.

“Faz muita falta para nós aqui dentro o contato com quem está lá fora, por isso essa possibilidade é essencial para termos notícias e matar a saudade, mesmo que seja por vídeo. Acho muito válido, pelo menos a gente pode se comunicar e amenizar um pouco o confinamento”, revelou.

O encontro de dez minutos também fez toda a diferença para o interno M.R.A.O., 23 anos, que não conteve as lágrimas ao ver a mãe por videochamada. Apesar de estarem na mesma cidade, enquanto cumpre pena na Unidade Penal “Ricardo Brandão”, em Ponta Porã, ela não pôde visitá-lo por conta da pandemia.

 
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