Família de Batayporã é vítima do golpe do falso sequestro

23 SET 2014 • POR Mariana Rodrigues/Informações Nova News • 19h52

 Por volta das 11h da manhã dessa segunda-feira (22), uma família de Batayporã, que preferiu não ter sua identidade revelada, passou por momentos de angustia durante uma tentativa de extorsão, por meio do golpe do falso sequestro.  Segundo a filha do casal, seu pai que estava no centro da cidade, recebeu uma ligação de um número restrito, onde havia uma moça desesperada que se passava por sua filha e dizia estar em um cativeiro, sob a mira de um revólver e dominada por quatro sequestradores.

Em determinado momento um homem assumiu as negociações e passou a pedir R$ 30 mil para liberar a moça. O aposentado continuou as negociações e seguiu para sua residência a fim de ligar para sua filha de outro telefone, mas ao chegar em casa constatou que sua filha estava bem e tudo não havia passado de uma tentativa de extorsão. O homem desligou o telefone e não atendeu mais as ligações restritas, que insistiram por várias vezes. 

Minutos depois de ligar para o pai, os autores realizaram uma ligação para a mãe da moça, que estava em seu ambiente de trabalho. A abordagem foi a mesma, primeiro se ouvia uma mulher chorando e dizendo estar sob a mira de um revólver, dominada por quatro homens. Porém antes mesmo de começar as reivindicações a mãe da suposta vítima, desconfiou que a mulher que falava ao telefone não se tratava de sua filha. Ela então desligou o celular e efetuou uma ligação para sua residência onde foi tranquilizada por familiares. Ainda abalada a família chegou a procurar a polícia, que deve investigar o caso. 

Dicas para evitar o golpe do falso sequestro

• Não receba ligações a cobrar

Se o interlocutor for desconhecido, desligue. Policiais e bombeiros não telefonam para informar sobre acidentes (a tarefa cabe aos hospitais) nem, muito menos, ligam a cobrar

• Não ajude o bandido dando-lhe informações

– Sua filha sofreu um acidente.

– A Fernanda? O que aconteceu com a Fernanda?

O nervosismo faz com que muita gente, sem perceber, acabe passando aos bandidos informações que serão usadas para pressioná-las. Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos ao telefone

• Tire os adesivos do carro

Adesivos com o nome da academia de ginástica ou da faculdade, assim como placas que reproduzem o apelido dos motoristas (BIA, LEO etc.) e páginas em redes sociais são preciosas fontes de informação para os bandidos. Evite e peça aos seus filhos para evitar

• Oriente também os idosos

Tanto ou mais do que crianças e empregadas, são as pessoas idosas da família as mais vulneráveis à manipulação dos bandidos. Muitas vezes, por se sentirem sozinhas, elas podem prolongar conversas com desconhecidos e acabar por municiar criminosos

• Pare para raciocinar

O pânico diante da possibilidade de um parente estar acidentado ou sequestrado faz com que muitas pessoas deixem de tomar atitudes óbvias, como checar se a informação é verdadeira. Segundo a polícia, freqüentemente as vítimas deixam de ligar para o suposto sequestrado não porque são impedidas de fazê-lo, mas porque a idéia não lhes ocorre

• Desobedeça ao bandido

Ligue para o suposto sequestrado ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, o caso está resolvido. Se não, tente um amigo ou parente dele. A hipótese de um sequestrador real fazer essa ameaça é remota – bandidos não vão matar a vítima, e perder seu trunfo, só porque o celular dela tocou

• Desconfie de ligações longas

Segundo estatísticas da polícia, 90% dos primeiros contatos telefônicos feitos por sequestradores reais duram menos de um minuto. Por temerem ser rastreados, eles nunca fazem ligações longas

• Duvide do choro das vítimas

Apelos chorosos de supostos sequestrados têm sido usados com freqüência pelos golpistas. A polícia sabe que raramente sequestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima. Sabem que podem ser rastreados e ter o cativeiro descoberto

• Dê queixa na polícia

Se você cair no golpe, não deixe de prestar queixa na polícia. De posse de informações como o número de origem da chamada criminosa ou o número da conta em que o “resgate” foi depositado, a polícia pode identificar o criminoso. (Fonte das dicas: Servipol).