Ofensiva israelense matou 589 pessoas
22 JUL 2014 • POR Mariana Rodrigues/Informações Agência Brasil • 16h38O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, e o chefe da diplomacia norte-americana, John Kerry, tentam nesta terça-feira (22) estabelecer um cessar-fogo entre Israel e Palestina, após duas semanas de ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, que já provocou a morte de 589 palestinos.
O secretário de Estado norte-americano chegou na segunda-feira (21) à noite ao Cairo, capital egípcia, onde encontrará o secretário-geral da ONU para tentar encontrar uma solução para o conflito, que também matou 27 soldados e dois civis israelenses.
Hoje de manhã, pelo menos seis pessoas, incluindo uma mulher grávida e uma criança, foram mortas pelo Exército israelense durante ofensiva na Faixa de Gaza. "Nós vamos continuar esta operação para lutar contra o terrorismo”, declarou Peter Lerner, um porta-voz do Exército de Israel.
Os meios de comunicação palestinos comentaram, na noite de segunda-feira, sobre uma possível trégua humanitária de algumas horas hoje, para permitir que moradores da Faixa de Gaza conseguissem mantimentos mas, até o momento, esta trégua não foi confirmada.
Em Doha, capital do Catar, onde se encontraram na segunda-feira, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o chefe do Hamas, Khaled Mechaal, apelaram pelo fim “da agressão israelense” contra a Faixa de Gaza e o levantamento do bloqueio instituído desde 2006.
“O Hamas e o presidente Abbas estão de acordo que todas as organizações palestinas devem trabalhar em conjunto a favor de um cessar-fogo”, disse um negociador do movimento nacionalista Fatah, Azzam Al Ahmad.
“É preciso, primeiro, um cessar-fogo e depois continuaremos a discutir com o Egito e todas as partes regionais e internacionais, até que nós concretizemos o conteúdo do acordo de paz final”, explicou Al Ahmad.
As Forças Armadas israelenses lançaram no dia 8 de julho uma operação aérea, batizada de Margem Protetora, e estendeu para uma ofensiva terrestre no dia 17, com o objetivo de neutralizar o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.