Há três meses, Mato Grosso do Sul iniciou a vacinação de idosos a partir de 90 anos e desde então, o número de hospitalização desta faixa etária reduziu a zero bem como quanto ao número de óbitos registrados. O Estado tem se destacado como uma das unidades da federação que mais vacinou a população no País.
Para o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, os dados demonstram o sucesso da campanha de imunização contra a covid-19. “Isto revela que precisamos avançar nesta campanha de vacinação no Estado. Iniciamos em janeiro deste ano e percebemos que houve uma redução considerável de internações e de óbitos no grupo pessoas com mais de 90 anos, ou seja, apresentaram uma queda significativa neste período, o que nos traz muita esperança neste enfrentamento da doença”.
A faixa etária de 80 a 89 anos também trouxe resultados animadores apresentando sinais de melhoria, saltando de uma taxa de hospitalização que chegou mais de 10% e hoje registra 3,5%. Quanto aos óbitos, antes da vacinação, a mortalidade oscilava na casa de 20% e agora está em 6,9% dos casos registrados em abril.
Nos idosos entre 70 a 79 anos, o índice tem oscilado um pouco, conforme explica a secretária-adjunta da SES, Crhistinne Maymone. “Tivemos uma queda nesta faixa etária após a vacinação que começou em março. Existe ainda o tempo de vacinação e agora em abril vamos terminar esse grupo. Mas estamos acompanhando o comportamento desta faixa etária junto à vacinação”.
Levando em consideração a evolução epidemiológica da doença no Estado, a secretária-adjunta da SES faz um alerta a população. “A contaminação infelizmente está mais alta na faixa etária de 20 a 49 anos que corresponde a 62% dos casos confirmados em Mato Grosso do Sul. Este grupo precisa ter maior cuidado e menor exposição ao risco”, pontua.
Com a chegada da 14ª remessa de vacina enviada pelo Ministério da Saúde ao Estado na última semana, a Secretaria de Estado de Saúde destinou parte do lote, sendo 31.845 doses da AstraZeneca/Oxford para que fossem empregados como primeira dose (D1) para a vacinação em idosos a partir de 60 anos ou mais, priorizando os com morbidades graves, além de outros grupos previstos na Resolução Nº 67/CIB/SES.
“Com base em evidências científicas, aliadas a intensificação da vacinação e as demais medidas adotadas pelo Estado - destacando o decreto, onde houve a redução da mobilidade a partir de medidas mais restritivas. Agora nós estamos colhendo os frutos. Nós temos muito a comemorar, isto nos enche de esperança, mas não podemos nos descuidar porque ainda estamos com uma estabilidade muito alta. Então, o momento é de se preservar e não vacilar”, ressalta Crhistinne Maymone.
“O nosso mantra de salvar vidas deve continuar sendo: uso adequado de máscaras, álcool em gel, distanciamento físico e não aglomerações, estas ainda são as melhores evidências científicas. E, se chegar a sua vez, VACINE! E não deixe de completar as duas doses da vacina”, finaliza a secretária da SES.