Mesmo com a vacina, Resende deixa claro que nos primeiros meses de 2021 as pessoas deverão continuar com os cuidados e restrições. “Precisamos imunizar 80% da população para ficar mais tranquilos”, conclui.
Em onze meses convivendo com a crise sanitária e um vírus desconhecido e implacável, todo este esforço, ao que tudo indica, valeu muito a pena. “Muitos servidores nem tiraram as férias para nos ajudar”. São todos heróis, afirma, ressaltando que o Governo do Estado atendeu todas as necessidades da pasta.
Questionado se em algum momento desta tortuosa caminhada perdeu a fé, ele responde: “Nunca. Acredito que Deus prepara as pessoas para enfrentar as crises. E ele me preparou”, afirma.
Tempo de tempestade
No início da 52ª semana da pandemia no Estado, com números de contágio nos altíssimos patamares de 1,15% e taxa de mortalidade em 1,7%, o secretário faz um desabafo: “As pessoas não valorizam a vida. Nem a delas nem a dos outros”, e ainda soltou um palavrão imitando o que ele diz ser a reação dos jovens diante desta crise sem precedentes.
Indignado com o que ele chama de “desobediência e descompromisso” de quem não segue as regras de distanciamento, máscaras e cuidados essenciais, o secretário diz que está faltando empatia às pessoas. “O Governo do Estado está cumprindo o seu papel mas a população não ajuda”, reclama.
A pandemia, segundo ele, ainda é muito desconhecida e pegou o mundo inteiro sem saber claramente como lidar com ela. O avanço exponencial da segunda onda, por exemplo, de acordo com Geraldo, é algo atípico, para o verão onde as doenças respiratórias costumam desaparecer. “Essa é uma época onde os casos de Dengue e Chikungunya aumentam’, explica.