Ultrapassando 10 milhões de toneladas na safra 2019/20, número que no início de março já havia sido anunciado na previsão do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga).
Os dados comprovam o perfil sustentável do empresário rural, considerando que o avanço expressivo se deve ao aumento significativo na produtividade, já que a previsão é de que para cada hectare sejam colhidos 3.420 quilos da oleaginosa.
Enquanto a previsão é que a elevação da área seja de apenas 3,4%, passando de 2,853 milhões de hectares para 2,950 milhões de hectares.
Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de soja do País e responde por 18,7% do total produzido no Brasil (124,2 milhões de toneladas).
A estimativa recorde anima o setor produtivo e traz otimismo ao setor diante da proximidade da conclusão do corredor bioceânico, que partindo de Campo Grande seguirá até Porto Murtinho, ligando Paraguai, Argentina e Chile, encurtando o transporte ao mercado asiático, pelo Oceano Pacífico.
Porto Murtinho terá, em dois anos, quatro portos operando na Hidrovia do Paraguai e, até 2023, a conclusão da ponte e a pavimentação da Transchaco.
Para o secretário Jaime Verruck, titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), a colheita recorde é resultado dos investimentos em pesquisas, que permitiu inclusive o plantio em áreas antes não tradicionais para o cultivo da oleaginosa. “Sobre a rota bioceânica […], nós estamos tanto com o novo porto, que será inaugurado nos próximos dias com mais de 100 carretas dentro, como um porto público que tem mais de 50, 60 carretas de soja lançadas. É uma nova saída de produção, através de uma política que foi definida, de usar a hidrovia”, afirmou Verruck durante a Tecnoagro, em Chapadão do Sul, no início desta semana. Andre Dobashi destaca que a Bioceânica será uma das rotas mais modernas