Sob coordenação dos médicos infectologistas Mariana Croda e Maurício Pompílio, os trabalhos de triagem dão continuidade ao projeto de rastreamento da tuberculose entre todos os internos, liderado pelo Dr. Julio Croda da UFMS/FIOCRUZ, que já é uma ação consolidada no local há mais de cinco anos, com disponibilização de um contêiner equipado com moderna aparelhagem de Raio-x para detecção da doença. A previsão é que essa estratégia prossiga por quatro meses na unidade, podendo ser prorrogada caso haja necessidade.
Devido ao surgimento da pandemia, esse procedimento está sendo aliado a testagens em massa para a Covid-19 de casos sintomáticos e daqueles que tiveram contato com positivados. Aproveitando toda a movimentação de reeducandos, também estão sendo aplicados exames para HIV. Os resultados dos exames da tuberculose demoram 24 horas, já os do coronavírus uma média de quatro dias e os de HIV saem na hora. Mesmo sem sintomas, todos os internos passam por triagem, com entrevista e preenchimento de questionário junto à equipe de enfermagem.
Segundo a Infectologista Mariana Croda, protocolo semelhante de testagem conjunta também é realizado no Instituto Penal de Campo Grande, onde foi iniciado o projeto piloto, e na Penitenciária Estadual de Dourados, com previsão de ser estendido ao Centro Penal Agroindustrial da Gameleira (que já vem recebendo testagens da Sesau). Nas demais unidades do estado, outras iniciativas são realizadas em parceria com as secretarias municipais.“O fluxo do trabalho consiste em rastrear todos os internos de um determinado pavilhão por etapa, e os demais que tenham sintomas nos últimos sete dias. Se o sintoma for compatível, já coletamos escarro e o Raio-x, que tem um programa que faz um laudo automático, e fazemos o teste da Covid”, detalha. “Ou seja, é uma grande estrutura disponibilizada”, complementa, informando que é testada uma média de 30 a 40 internos diariamente na Máxima.