A força tarefa que visa proteger e garantir a qualidade do solo e das águas envolve a Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), através das vinculadas Agraer e Imasul; a Agesul, Prefeitura de Bonito, produtores rurais e entidades da sociedade civil.
“Estamos concentrados na drenagem das estradas, trabalhando no trecho de 17 quilômetros da estrada que liga Bonito à Fazenda São Geraldo. Esse trecho tem relação direta com a cabeceira do Rio Formoso e os afluentes Rio sucuri e Formozinho”, explicou o técnico do escritório da Agraer em Bonito, Paulo Gimenes.
O problema
As intervenções – tanto em estradas vicinais quanto em lavouras da região – são executadas com orientações técnicas para evitar o surgimento de processos erosivos que carreiem sedimentos aos rios, causando o turvamento das águas, como ocorreu no verão de 2018/2019 e causou forte impacto no setor turístico.
Desde então, o Governo do Estado, sob coordenação da Semagro, e em parceria com as prefeituras, Ministério Público, associações de produtores e organizações não governamentais, executa uma série de medidas para sanar o problema.
Tão logo o problema do turvamento das águas do Rio da Prata foi detectado, no verão passado, técnicos do Imasul, da Agraer e da Agesul estiveram no local fazendo uma pré-análise da situação.
“Já nessa visita foram constatadas algumas possíveis irregularidades concernentes ao manejo do solo em propriedades próximas ao rio, e notificamos os proprietários para adotar as técnicas adequadas”, frisou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.
Posteriormente, os técnicos percorreram todas as propriedades da região, bem como as estradas vicinais e também o arruamento urbano, identificando pontos de deságua nos leitos dos rios Formoso, da Prata e seus afluentes.
Feito esse mapeamento, os trabalhos passaram para a fase de determinar quais eram as intervenções adequadas, considerando o tipo de solo e as particularidades da região.
Esse trabalho de levantamento e orientação aos proprietários rurais sobre o que precisa ser executado na lavoura para evitar a erosão é feito gratuitamente pelos técnicos do Governo do Estado, enquanto equipes da Agesul e das prefeituras se encarregam das medidas corretivas na malha viária.