Neste mês de abril, a Secretaria de Estado de Educação (SED) lançou uma série de orientações para os gestores da Rede Estadual de Ensino (REE), sobre os procedimentos a serem adotados na montagem dos kits de alimentação escolar, que beneficiarão os 210 mil estudantes matriculados na REE.
Com o trabalho intensificado desde a última segunda-feira (27.04), muitas escolas já avançaram na distribuição e mostraram os resultados do envolvimento das equipes. Em meio à suspensão das atividades presenciais em todas as 345 unidades escolares da REE, desde o dia 23 de março a SED adotou diversas medidas para repassar os procedimentos e recomendações para a organização dos kits nas últimas semanas, inclusive por meio de videoconferências com a participação de todos os gestores para o esclarecimento das principais dúvidas.
“Todas as Unidades Escolares da Rede Estadual de Ensino, foram orientadas desde a separação dos alimentos, higienização, montagem e entrega, preservando sempre pela vida do próximo e evitando – de todas as formas – aglomerações no ambiente escolar. (…) Além disso, as escolas também foram orientadas a anexar um informativo, com dicas de higienização das mãos e dos alimentos para pais e responsáveis”, disse a coordenadora de Alimentação Escolar da SED, Jackeline de Souza. Na EE José Barbosa Rodrigues, essas recomendações foram seguidas de forma integral.
A equipe se organizou para dividir os estudantes de acordo com as salas e as entregas foram separadas por dias da semana, a fim de evitar aglomerações e filas. O momento de “contato” com os pais também serviu para conversar sobre o andamento das atividades remotas realizadas pelos estudantes. “Fizemos uma ‘live’ com os pais, para combinar os horários e evitar aglomeração.
Dividimos as salas por dia e período. Montamos o kit do mercado e também um kit baseado nos itens da agricultura familiar. Nesse segundo colocamos alface, repolho, cenouras, bananas, laranjas, tomates e cheiro verde. O resultado foi muito bom, tivemos movimento constante, mas sem filas ou aglomeração. Aproveitamos, inclusive, para conversar sobre a realização das atividades.
Foi muito bom”, comentou o diretor da escola, Edvaldo Lourenço da Silva.
A composição dos kits, destacada pelo diretor, foi pensada com base nos cardápios e conforme licitação de cada escola, uma vez que a modalidade de gestão do Governo é Escolarizada e, com isso, a unidade – por intermédio da Associação de Pais e Mestres (APM) – tem autonomia na execução até a prestação de contas do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O cálculo, para a definição da quantidade, foi feita com base no período de dois meses, contemplando o recesso escolar, visando atender a agenda pontual de carência nutricional e específica para os estudantes da REE.
“Incluímos nos kits os alimentos da Agricultura Familiar, com a distribuição dos perecíveis, alimentos ‘in natura’ (hortaliças e frutas), entregues com os não perecíveis, sempre observando e respeitando os hábitos alimentares e especificidades culturais das comunidades”, explicou Jackeline, que detalhou os cuidados com a seleção.
“Orientamos para o devido cuidado em garantir a qualidade higiênico-sanitária dos gêneros durante a seleção e o armazenamento dos itens, que devem estar acondicionados no kit, de forma a garantir a proteção contra contaminantes”, completou.
A mobilização também gerou importantes resultados no interior do Estado, com o avanço da distribuição dos kits em todo o Mato Grosso do Sul. Em alguns locais, como a região de Corumbá e Ladário, orientada pela equipe da Coordenadoria Regional de Educação local (CRE-3), a montagem foi concluída nesta semana e as entregas serão iniciadas na segunda-feira, dia 4 de maio.