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Saúde animal é uma das principais exigências dos EUA em relação à carne suína

22 janeiro 2012 - 22h31

O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Paulo Camargo, comemora a aprovação dos Estados Unidos para a aquisição dos produtos brasileiros, abrindo o mercado para o setor nacional.

Ele afirma que o primeiro obstáculo a ser superado pelos brasileiros é obter a aprovação da “sanidade” pelos estrangeiros.

A decisão dos norte-americanos foi anunciada há 10 dias pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda, na sigla em inglês), que reconheceu a equivalência do serviço brasileiro de inspeção de carne suína e autorizou a habilitação de matadouros-frigoríficos de Santa Catarina para exportação de carne suína in natura para o país.

Camargo diz que as exigências feitas pelos estrangeiros são muitas, principalmente no que se refere à saúde animal.

Segundo ele, os norte-americanos têm dificuldade de entender o processo de vacinação contra a febre aftosa adotado pelo Brasil. A vacina é vista por eles como um risco e não como uma segurança. A doença é rara em suínos.

Quando vacinamos, eles (os norte-americanos) falam que estamos com medo da aftosa, então já não (querem mais) comprar (a carne brasileira). Eles dizem assim: “aqui (nos EUA) nós não vacinamos, não tem o vírus da aftosa estamos tranquilos há muitos anos” – explica.

Apesar das dificuldades, Camargo demonstra otimismo. De acordo com ele, a tendência é aumentar a exportação da carne suína brasileira.

O mercado tem muito a crescer. As exportações são pequenas e concentradas em poucos países. Nosso objetivo é exportar para outros países, como o Japão, que é o maior importador mundial, com 1,2 milhão de toneladas – aponta.

Em defesa à qualidade da carne suína nacional, Camargo relata que foram feitas três pesquisas de opinião para verificar o que pensa o consumidor brasileiro. Segundo ele, o resultado mostra que a carne suína é a “mais saborosa”.

Antes, havia um preconceito de que a carne era suja e gordurosa e aumentava o colesterol. Na última pesquisa, a população percebeu que é uma carne de granja (tratada com qualidade) – revela.

Ana Maria Assis/ Fonte: AGÊNCIA BRASIL

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