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Morte do menino Thiago retoma discussão sobre acidentes domésticos

19 maio 2011 - 20h32

A morte do menino Thiago Jean Phellipe Teixeira de Souza, de nove anos, na última quarta-feira (18) retoma a discussão de um assunto muito importante, a prevenção dos acidentes domésticos. 



Thiago estava internado na Santa Casa de Campo Grande desde o último dia 31 de março, quando teve 60% do corpo queimado enquanto brincava com seus irmãos. 

O acidente teria acontecido quando o menino derramou álcool líquido do quintal de sua casa, no Bairro Coophamat, e ateou fogo. O líquido teria espirrado em Thiago, que teve queimaduras no rosto, abdômen, membros superiores e inferiores. 

De acordo com o Sargento Alceli Fernandes, que socorreu Thiago, a família havia colocado o menino em um tanque cheio d'água para tentar aliviar a dor causada pelos ferimentos. 

O número de internações na Santa Casa por queimaduras no primeiro quadrimestre de 2011 teve um aumento de 10% se comparado com o mesmo período do ano passado. Thiago foi uma das 84 pessoas internadas no hospital por esse motivo. 

O risco dos acidentes domésticos

Os acidentes domésticos figuram entre as principais causas de morte na infância, além de serem a origem de invalidez em inúmeras crianças. Diversas instituições brasileiras iniciaram, desde a década de 80, a computar os atendimentos em prontos-socorros relacionados aos acidentes domésticos envolvendo a faixa etária de zero a quatorze anos, e os números alcançados são assustadores - nem tanto pela quantidade de vidas abreviadas, mas pelo fato de que muitas destas tragédias poderiam ter sido evitadas com medidas simples e um tanto mais de atenção. Estima-se que, para cada criança que morre outras 900 podem sofrer seqüelas de todo tipo, incluindo invalidez permanente.

A queimadura é um dos casos mais comuns em qualquer idade, além de ser, dependendo de sua classificação, um dos acidentes mais complicados.


De acordo com o Ministério da Saúde, a cada ano, mais de 500 crianças de até 14 anos morrem e aproximadamente 30 mil são hospitalizadas como vítimas de lesões decorrentes da ação do calor sobre o organismo. Essas ações podem ser traduzidas no contato direto com fogo, vapores quentes, eletricidade, substâncias químicas ou irradiação. 


A gravidade de uma queimadura depende de sua profundidade e da extensão da área afetada. Com exceção das pequenas queimaduras, todas as demais são potencialmente graves e devem ser examinadas por um médico.


O descuido é fator decisivo na segurança das crianças. Se o acesso da criança à cozinha, por exemplo, é facilitado pelos adultos, ela estará sujeita aos perigos que todos os tipos de queimadura oferecem. O mesmo acontece com a exposição exagerada ao sol, que pode gerar queimaduras dolorosas, principalmente nas pessoas que têm a pele mais clara.

O escaldamento (queimadura por líquido fervente) é o caso mais comum das queimaduras infantis.


 


Camila Bertagnolli

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