Foi preso Alessandro Lopes Moura, 29 anos, por disparar três tiros na cabeça de um homem que sobreviveu a tentativa de assassinato. Alessandro dirigia um caminhão-pipa na tarde de sexta-feira (26), quando teve um desentendimento com o eletricista Ildo Waslawick, de 39 anos, que foi atingido pelos tiros de revólver calibre 38, não morreu e já passa bem, mesmo com uma das balas alojadas no crânio.
O acusado da tentativa de homicídio foi apresentado na delegacia do Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Seqüestros (Garras) nesta manhã de quarta-feira (31).
O motivo da discussão que teria levado Alessandro a tentar matar Ildo, seria que os dois dirigiam no mesmo sentido pela Rua Joaquim Dorneles, no bairro Amambaí, quando um condutor fechou o outro, iniciando a troca de ofensas. Os dois condutores contam a mesma versão dos fatos, no entanto, um acusa o outro de ter fechado primeiro a passagem do veículo alheio.
Ildo dirigia uma Picape, e a perícia constatou que ela foi atingida pelo caminhão na lateral e, mais à frente, quando parou no sinal, foi novamente atingida, dessa vez na traseira. Conforme os depoimentos, foi nesse momento que Ildo desceu da picape, foi até o caminhão e começou a brigar tentando abrir a porta e puxar pela camiseta o motorista do caminhão.
Quanto à propriedade da arma há outra contradição entre a vítima e o autor. Alessandro diz que tomou a arma da mão de Ildo, que teria descido armado de seu carro, já Ildo diz que Alessandro já estava armado.
Alessandro já tinha passagem pela polícia por sequestro e cárcere privado e foi descoberto a partir da descrição da vítima e reconhecimento no banco de imagens. Ele trabalhava em uma obra na Vila Nasser ao ser preso. Ildo, a vítima, também tem passagem pela polícia. O autor jogou o revólver usado na tentativa de homicídio próximo de onde trabalha, mas a arma foi entregue posteriormente à polícia pelo próprio advogado dele.
A pena pela tentativa de homicídio cometida por Alessandro pode ser de 12 a 30 anos de prisão. Ele foi preso quatro dias após cometer o crime, não quis falar com a imprensa durante a apresentação e permaneceu de costas e escondendo o rosto.
Ana Maria Assis