O Tribunal de Justiça determinou para esta quinta-feira (5), a partir de 13h30, a audiência para ouvir as testemunhas do caso Jefferson Bruno Gomes Escobar, segurança de um bar, morto depois de uma briga.
Desta vez serão 17 testemunhas arroladas pelo Ministério Público e no dia 14 de junho, às 13h15, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, deve ouvir as 12 testemunhas arroladas pela defesa de Christiano Luna de Almeida, de 23 anos., acusado de envolvimento no crime.
De acordo com os autos de prisão em flagrante, na madrugada do dia 19 de março de 2011, Christiano divertia-se no interior da casa noturna, localizada na Av. Afonso Pena, em Campo Grande, quando foi abordado por um segurança, que faleceu pouco depois em razão de insuficiência respiratória.
Na última segunda-feira (2) o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJ/MS) concedeu Habeas Corpus em 2º grau pelo desembargador Manoel Mendes Carli, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Campo Grande.
O caso -
Jeferson morreu após ser agredido numa casa noturna de Campo Grande, na madrugada do dia 19 de março. Este momento da agressão, segundo testemunha, aconteceu fora do alcance da câmera de segurança do bar. A pessoa que presenciou o fato e prestou depoimento à polícia diz que Bruno estaria caído, enquanto Christiano desferiu socos e chutes no segurança.
Sem ar, Jeferson teria falado que passava mal. Christiano, que já treinou jiu-jitsu, responderá por homicídio doloso e não mais por lesão corporal dolosa, conforme estava no início do inquérito. Ele pode ser levado a júri popular.
O período das agressões que teriam causado a morte do segurança compreende os 24 segundos das gravações externas nos quais os dois também saem do foco da câmera, após Christiano ter sido retirado do estabelecimento.
De acordo com a delegada Daniella Kades, do 1° DP, que analisou também as imagens internas, Christiano passou a mão por duas vezes nas nádegas de um garçom, inclusive tendo falado frases racistas ao mesmo. Em outro inquérito, o autor também responderá por injúria qualificada por racismo.
Ceyd Moreles