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Capital registra Inflação de 0,23% no mês de agosto

05 setembro 2014 - 17h58Por Mariana Rodrigues/Informações Assessoria

 No mês de agosto, a inflação na Capital foi de 0,23%, segundo o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), divulgado mensalmente pelo Núcleo de Pesquisas Econômicas (NEPES) da Universidade Anhanguera-Uniderp. O índice foi próximo ao registrado em julho: 0,22%. 

Apresentando deflação dos meses anteriores, o Grupo Alimentação mostrou um comportamento contrário em agosto, tornando-se um dos principais responsáveis, com índice 0,55%.  “É o grupo com o segundo maior peso na composição da inflação mensal. Percebemos que a carne bovina começou a ter influência para o aumento da inflação, já que o produto teve elevações de preço devido ao grande volume de exportação do produto”, explica o coordenador do Núcleo de Pesquisas Econômicas da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza. 

Outros grupos que mais contribuíram para a alta foram: Saúde (1,42%), Despesas Pessoais (0,47%) e Vestuário (0,22%). 

Mesmo com as majorações citadas, o coordenador do NEPES da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza, considera que “o fraco desempenho da economia, o endividamento do consumidor e a dificuldade na concessão de créditos por parte dos órgãos financeiros têm puxado o freio da inflação”. 

Inflação Acumulada –  Nos últimos doze meses foi registrada em Campo Grande uma inflação de 6,46%, número acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%, mas abaixo do teto da meta que é de 6,5%. No período, as maiores inflações acumuladas por grupos foram: Alimentação, com 9,06%, Educação, com 8,49% e Despesas Pessoais, com 7,64%. 

Analisando os oito primeiros meses do ano a inflação acumulada é de 4,40%, muito próximo ao centro da meta inflacionária para 2014, que é de 4,5%, mas abaixo do teto da meta, que é de 6,5%. Nesse tempo, os maiores índices por grupos foram: Educação, com 8,26% e Alimentação, com 6,52%. 

“Nos próximos meses tudo indica que a tendência da inflação é continuar baixa na Capital do Estado, a não ser que fatores climáticos e/ou econômicos possam mudar essa tendência. Por outro lado, a carne bovina pode oferecer algum risco para a inflação, com o aumento de preços desse produto devido ao incremento da exportação e o baixo oferecimento de boi gordo aos frigoríficos”, avalia o coordenador do NEPES da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza. 

Os dez mais e os dez menos do IPC/CG – Os responsáveis pela inflação do mês de agosto foram: acém (0,08%), pescado fresco (0,06%), costela bovina (0,06%), tênis (0,05%), antiinfeccioso e antibiótico (0,04%), jogos lotéricos (0,04%), hipotensor e hipocolesterínico (0,04%), linguiça fresca (0,03%), analgésico e antitérmico (0,02%), leite pasteurizado (0,02%)

 Já os dez itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período, em Campo Grande, foram:  gasolina (-0,08%), alcatra (-0,06%), feijão (-0,05%), tomate (-0,04%), batata (-0,04%),  arroz (-0,04%), ovos (-0,03%), gás em botijão (-0,03%), alface (-0,02%) e açúcar (-0,01%).

Segmentos

Em agosto, o grupo Habitação apresentou uma pequena deflação da ordem de -0,01%, em relação ao mês de julho. Alguns produtos que sofreram aumento de preços foram: álcool para limpeza (9,71%), limpa vidros (5,95%), amaciante de roupas (4,46%), entre outros. Queda nos preços ocorreram com esponja de aço (-5,09%), carvão (-3,59%), vassoura (-2,08%), entre outros. 

O índice de preços do grupo Alimentação demonstrou leve alta, fechando em 0,55%. O comportamento foi contrário à tendência de deflação dos meses anteriores. A alta de preços ocorreu com produtos como: salsa (22,58%), vinagre (16,69%), melancia (13,21%), linguiça fresca (12,96%), entre outros. Já com tomate (-16,86%), abobrinha (-12,31%), feijão (-11,93%), batata (-10,06%), entre outros, houve queda nos valores. 

No quesito carne bovina, a maioria dos cortes registrou aumento, em agosto. Os destaques são: costela (9,69%), acém (8,62%), coxão-mole (6,29%) e cupim (5,40%). Queda de preços ocorreu com alcatra (-3,76%), fígado (-2,74%), vísceras de boi (-1,60%), entre outros. 

“Apesar de baixa demanda do consumidor em relação à carne bovina, houve aumento de preço desse alimento devido ao crescente do volume de exportação, inclusive, com reais chances da exportação do produto in natura aos Estados Unidos, mercado há muito tempo fechado para a carne brasileira. Com isso, haverá uma grande abertura de mercados para a carne brasileira”, analisou o coordenador do NEPES da Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza. 

Além do gado, o frango resfriado registrou aumento de preço de 0,70% em média e miúdos de frango, 1,58%. Quanto à carne suína, todos os cortes tiveram majorações. De destaque para o pernil, com 8,69% de aumento, a costeleta com 1,58% e a bisteca com 0,97%. 

Passando para o grupo Transportes, o levantamento demonstra uma forte deflação: -0,53%. A justificativa são as quedas de preços em passagens de ônibus intermunicipais (-2,64%), gasolina (-2,53%) e etanol (-0,22%). Aumento nos preços ocorreu com pneus novos (1,09%), ônibus interestadual (0,15%) e automóvel novo (0,15%). 

Ao contrário de julho, o Grupo Educação apresentou ficou estável, com índice de 0%, devido à pequena queda de preços em produtos de papelaria, em torno de (-0,01%). 

Já o grupo Despesas Pessoais apresentou uma moderada inflação em seu índice: 0,47%. Alguns produtos desse grupo que tiveram aumento de preços foram: jogos lotéricos (6,88%) e produtos para limpeza de pele (3,71%). Queda nos valores ocorreu com absorvente higiênico (-2,10%), xampu (-1,62%) e sabonete (-1,53%). 

O grupo Vestuário também registrou uma pequena inflação de 0,22%. Os itens com elevação de preços, em agosto, foram: tênis (10,93%), sapato feminino (3,40%) e camiseta masculina (1,03%). Já os produtos que apresentaram redução foram: camiseta feminina (-5,37%), vestido (-4,75%), sandália/chinelo feminino (-3,72%), entre outros. 

No mês de agosto, o grupo Saúde apresentou alta 1,84% na inflação. Os produtos desse grupo que mais aumentaram de preços foram: analgésico e antitérmico (8,36%), hipotensor e hipocolesterínico (7,94%), vitamina e fortificante (7,50%), entre outros. Já, os produtos que tiveram quedas de preços foram: antialérgico e broncodilatador (-7,96%), anticoncepcional e hormônio (-2,07%). 

 IPC/CG - O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande, MS, (IPC/CG), é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O Índice busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A Universidade Anhanguera - Uniderp divulga mensalmente o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande.

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