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CineMIS exibe Mostra Cinema Boliviano a partir desta segunda

10 agosto 2014 - 14h00Por Mariana Rodrigues/Informações Notícias MS

 A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul realiza a partir deste segunda-feira (11) no Museu da Imagem e do Som a Mostra Cinema Boliviano. As exibições acontecem sempre às 19 horas, são gratuitas e fazem parte do projeto CineMIS.

A mostra conta novamente com a parceria do Grupo Folclórico Boliviano T´ikay, Projeto Literatura e Cinema nas Escolas, Grupo de Pesquisa Linguagens em Fronteiras / CNPQ e da Associação de Professores de Espanhol de Mato Grosso do Sul, com a colaboração das professoras Ingra Lidia F. Padilha (Uniderp) e Suzana Mancilla Barreda (UFMS/CPAN).

As exibições celebram a independência da Bolívia (comemorada em 6 de agosto) e são uma excelente oportunidade de conhecer a sétima arte do país vizinho, considerando que as produções fílmicas bolivianas possuem trajetória conhecida em outros continentes, porém pouco divulgadas no circuito sul-mato-grossense.

 O CineMIS apresentará na Mostra uma programação de produções com temáticas voltadas ao meio ambiente e questões sociais na Bolívia, como o conflito pelas águas e o problema do alcoolismo.

 Um dos destaques é o premiado longa “Conflito das Águas”, que trata de distúrbio ocorrido em Cochabamba em 2010. Outro é “Zona Sur”, que apresenta os conflitos sociais entre grupos distintos da sociedade boliviana. E, por fim, o filme mais premiado da mostra, “Cemitério de Elefantes”, que aborda a questão do alcoolismo por meio do drama de um personagem que se entrega à bebida num antigo hotel.

As exibições são uma oportunidade para o público conhecer as nuances da cultura boliviana através da cinematografia selecionada. Na abertura, logo após a exibição do curta-metragem “A Avó Grilo: O mito da dona da água” será realizado um debate direcionando as discussões para os filmes que serão exibidos ao longo da semana.

"A cultura boliviana é muito rica e de valor inestimável, sendo muito presente em nosso Estado não só pela sua força e pela posição geográfica privilegiada que ocupamos, mas também pelo importante trabalho de pessoas e grupos diversos, como a Suzana, a Ingra e o Grupo T´ikay. A Mostra Cinema Boliviano, dentro do Projeto CineMIS, apresenta um olhar contemporâneo sobre esta cultura e oferece ao público em geral a oportunidade de conhecer produções audiovisuais de grande qualidade, contribuindo para a democratização do acesso à cultura e ao conhecimento em Mato Grosso do Sul", afirma Américo Calheiros, presidente da Fundação de Cultura.

Confira as sinopses e a programação:

11 de agosto (segunda-feira) - A Avó Grilo: O mito da dona da água - Baseado numa lenda do povo Ayoreo da Bolívia que diz que no princípio havia uma avó, que era um grilo chamado Direjná. Esta avózinha era a dona da água e por onde quer que ela passasse com seu canto de amor a água brotava. Um dia os netos pediram que ela fosse embora e ela partiu triste. Mas, na medida em que ia sumindo, também a água ia embora. Neste curta, a história se atualiza e na sua viagem para lugar nenhum a avó é encontrada pelos empresários que a aprisionam. O povo passa necessidade e sofre. Até que um dia o povo entende que é preciso lutar. (Abuela Grillo, Dir. Denis Chapon, 12min, 2010). Prêmios: Melhor Filme Latino Americano de 2010 no Festival de Filmes de Aahrus, Dinamarca.

12 de agosto (terça-feira) – Conflito das Águas - Baseado na Guerra da Água, ocorrida em Cochabamba (Bolívia), 2000. O filme conta a história de Sebastián e Costa, um diretor e um produtor que querem fazer um filme sobre Cristovão Colombo. Enquanto rodam o filme, em Cochabamba ocorre uma revolta popular contra a privatização do sistema de água da cidade a uma multinacional. Quinhentos anos depois de Colombo, paus e pedras se enfrentam de novo frente ao aço e pólvora de um exército moderno. Só que desta vez não lutam pelo ouro, mas sim pelo mais simples dos elementos vitais: a água. Passado e presente, ficção e realidade se misturam. (También la lluvia, Dir. Icíar Bollaín, Drama, 103 min, 2010). Prêmios: Treze indicações ao Goya (importante prêmio Espanhol) – inclusive a Melhor Filme – ganhou em três categorias: Melhor Trilha Sonora, para Alberto Iglesias, parceiro frequente de Pedro Almodóvar e já três vezes indicado ao Oscar, Direção de Produção, Ator Coadjuvante para Karra Elejalde, indicado ainda ao European Film Awards e premiado na mostra Panorama do Festival de Berlim.

13 de agosto (quarta-feira) – Cemitério dos Elefantes - Juvenal é um homem de 33 anos de idade, alcoólatra desde os 14, que decide ir passar seus últimos dias de vida no "Cemitério dos Elefantes", um local escolhido por alcoólatras abandonados da cidade de La Paz. Nesse local existe a "Suíte Presidencial", um quarto imundo no qual Juvenal passará seus últimos 7 dias lembrando sua obscura infância e sua tenebrosa juventude. Somente estas lembranças acompanharão sua decisão de beber até a morte. (El cementerio de los elefantes, Dir. Tonchy Antezana, Drama, 98min, 2008). Prêmios: Melhor filme estrangeiro, melhor fotografia e prêmio de melhor diretor Internacional no VI Festival Internacional de Cinema Idependente de Nova York, Grande Prêmio do Público de melhor filme e Menção Especial no III Festival Internacional de Direitos Humanos de Sucre, Bolívia. Melhor longa metragem com temática indígena no VII Festival Internacional de Cinema de El Paso, Colômbia. Prêmio de Melhor ator coadjuvante e menção honrosa a melhor filme estrangeiro no IV Festival Iberoamericano de Cinema, Brasil. Prêmio de melhor filme no IV Fenavid Internacional, Santa Cruz, Bolívia e prêmio de melhor ator no III Festival Hispano de Filmes em Orlando (Estados Unidos).

14 de agosto (quinta-feira) – Zona Sur - Ao contrário de outras cidades, em La Paz a elite vive na parte baixa da cidade, em um vale que abriga a luxuosa Zona Sul. Numa mansão rodeada por um belo jardim, vive Carola com seus três filhos, Patricio, Bernarda e Andrés e os empregados Wilson e Marcelina, indígenas Aymara. Paralelamente à agitação social crescente no país, seu cotidiano pacato, silencioso e distante da poluição da cidade começa a sofrer rachaduras. A decadência e o risco da perda dos privilégios aristocráticos anunciam um novo capítulo para uma luta de classes fadada à desgraça. (Zona Sur, Dir. Juan Carlos Valdivia, Drama, 108 min, 2009). Prêmios: Prêmio de melhor diretor e roteiro em Sundance (EUA) na categoria cinema mundial, melhor ator, roteiro e prêmio especial do júri no festival de Guadalajara (México).

15 de agosto (sexta-feira) – Por que o McDonald's quebrou na Bolívia -Documentário que conta a história do primeiro país em que a empresa fechou as portas por manter seus números no vermelho. No documentário são apresentados vários depoimentos por meio de entrevistas e consultas a especialistas que apontam para uma possível causa: o patrimônio gastronômico boliviano. (Por qué quebró McDonald’s? Dir. Fernando Martinez, Documentário, 78min, 2011).

            Serviço

Todas as sessões são gratuitas, têm início às 19 horas e exibirão os filmes em idioma original e com legendas em espanhol e português. As exibições acontecem de 11 a 15 de agosto (segunda a sexta-feira) e são gratuitas.

O Museu da Imagem e do Som fica no Memorial da Cultura, na avenida Fernando Correa da Costa, 559, 3º andar. Para maiores informações sobre a programação do museu acesse www.mis.ms.gov.br. O e-mail do MIS é [email protected]. Telefone: (67) 3316-9178.

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