É nítida a transformação pela qual passou a via e como a arborização mudou a paisagem na área central. Um cenário antes dominado pelos fios de alta tensão emaranhados deu lugar à natureza.
Estudos apontam que, em épocas mais quentes, as áreas bem arborizadas podem ter uma diferença de até cinco graus em relação às não arborizadas. As plantas acabam sendo como um ar-condicionado natural. Só na Rua 14 de Julho foram plantados 256 exemplares de várias espécies, como ipê amarelo, árvore da China, aldrago, ipê branco, pau mulato, pau ferro, jacarandá mimoso, lafontera da Amazônia, fruta de tucano, ipê roxo e grandiuva. Quem passou pela região, inclusive, se encantou com a florada dos ipês nas últimas temporadas.
O projeto de revitalização da área central também incluiu o paisagismo no perímetro formado por mais de 21 quilômetros. Nessas vias foram plantadas as espécies aldrago, araçá, aroeira pimenteira e ipê branco. Na Rui Barbosa, foram plantadas 582 mudas e outras 1000 nas ruas e avenidas adjacentes revitalizadas.
Esse “reforço” na arborização contribuiu para a mais recente certificação recebida pela Prefeitura Municipal. Certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma das capitais mais arborizadas do país, Campo Grande foi reconhecida, pela quarta vez, como Tree City of the World – Cidade Árvore do Mundo, uma referência mundial de ações voltadas à preservação da arborização urbana.
O Plano Diretor de Arborização Urbana de Campo Grande, de 2011, garante que áreas urbanas recebam vegetação. A arborização urbana proporciona às cidades inúmeros benefícios relacionados à estabilidade climática, ao conforto ambiental, na melhoria da qualidade do ar, bem como na saúde física e mental da população, além de influenciar na redução da poluição sonora e visual e auxiliar na conservação do ambiente.