A produção emergencial, que foi possível graças à liminar concedida no último sábado (28/03) pela 1ª Vara Federal de Campo Grande, já começou e a previsão é de que a partir desta terça-feira (31/03) já esteja à disposição dos estabelecimentos comerciais em Mato Grosso do Sul. Só nesta segunda-feira (30/03), a Bamboa produziu 40 mil litros de álcool 70°GL, envasados em 80 mil embalagens de 500 ml.
Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a decisão da Justiça permite que as indústrias do Estado consigam cumprir os protocolos do Ministério da Saúde e mantenham as suas atividades. “Estávamos com um problema sério aqui em Mato Grosso do Sul por causa da falta, tanto do álcool em gel, quanto do álcool 70°GL, indicados para a higienização para a prevenção do Convid-19, nas farmácias e supermercados. Simplesmente não tinha para comprar e aí como a gente podia cumprir esses protocolos?”, questionou.
Ele ressaltou ainda que a autorização de produção de álcool 70°GL pela cervejaria Bamboa reforça a capacidade de se reinventar das empresas. “São as indústrias se adaptando para atender uma demanda importante da sociedade. E vale destacar que a cervejaria está adquirindo o etanol das indústrias sucroenergéticas de Mato Grosso do Sul também, o que reforça a organização das nossas indústrias”, completou.
Para o diretor-comercial da cervejaria Bamboa, Júnior Avesani, diante do momento delicado que o Brasil enfrenta, a decisão da Justiça beneficia toda a sociedade. “O álcool 70°GL é fundamental para a assepsia porque ele é o único que ajuda a combater o vírus e, quando não está em falta, é comercializado a valores absurdos. Então nós já estamos envasando os produtos e eles custarão para o consumidor final aproximadamente R$ 3,90”, salientou.
Para a produção do álcool, a Bamboa não precisou para a produção de cervejas e refrigerantes. “Estamos trabalhando em turnos e temos capacidade para produzir cerca de 70 mil litros de álcool 70°GL por dia, envasando cerca de 150 mil garrafas de 500 ml, mas ainda não estamos utilizando a capacidade máxima. Isso vai depender da demanda e da quantidade de matéria-prima que teremos”, finalizou Junior Avesani.